Resenha: O lado bom da vida

Matthew Quick é um renomado escritor de best-seller americano, nascido na  Filadélfia. É muito conhecido por conta do romance Silver Linings Playbook, mais conhecido aqui no Brasil como O lado bom da vida. O livro teve uma adaptação cinematográfica de mesmo nome tendo como diretor David O.Russel e atores como Bradley Cooper e Jhennifer Lawrence no elenco. Destaco aqui que é quase inevitável não comparar o livro ao filme e por isso mesmo, destaco também já no início que prefiro o filme ao livro.
Motivos? Bem, vamos falar dos motivos.
Simplesmente não gostei da trama do livro!
Muitos podem pensar que estou sendo sensacionalista, mas irei explanar os meus pontos de vista e espero não ser incompreendida. Bem, primeiro eu assisti ao filme e depois li o livro. Ótimo, muitas pessoas fazem isso, mas quando você assiste ao filme você pensa: Wow! Esse filme é demais cara, o livro deve ser melhor ainda! Mas não! Você é enganado! O diretor David O. Russel somente se baseou no livro, pois ele conseguiu construir uma história totalmente diferente e eu, sinceramente, não consigo entender como este livro pode ter virado Best-seller. A narrativa é pobre, cheia de repetições e enjoativa. Devem estar se perguntando: O quê? Eu li e adorei! Bem, se você leu e adorou, ótimo, mas não somos todos iguais e esta é minha opinião. A trama é muito água com açúcar, não tem aquele clímax que ficamos esperando desde o início, Patch é um personagem com potencial, mas que é mal desenvolvido e pouco explorado. E o que dizer de Tiffany? Para começar o nome não é Tiffany Maxwell e sim Tiffany Webster e se querem saber, não há nada mais que isso! Temos descrições raras de Tiffany, ela não tem os famosos desequilíbrios que nos fizeram amá-la no filme, sério, basicamente ela é um enfeite em algumas passagens do livro. Não, eu não estou mentindo, Tiffany corre com Patch todos os dias, mas eles não tem diálogos, nem quando estão realmente conversando! No filme temos uma Tiffany argumentativa, no livro uma Tiffany estátua e indiferente. E as descrições dela? Fiquei em dúvida se era uma colegial líder de torcida ou uma viúva ninfomaníaca e claro, este fato também não é mencionado no livro diretamente.
Outra coisa é o fato de o pai de Patch não falar com ele, cara, eu achei bastante interessante o autor descrever isto, mas... Qual o sentido? Nós lemos o livro todo e este fato ainda é nebuloso e sem explicação, não há interações malucas como no filme onde o pai é um apostador fanático pelo Eagles. Outro ponto é exatamente este: descrições exacerbadas sobre o futebol! Nossa, parece que a vida de Patch, a melhora de Patch dependem destes jogos! E ele fala tanto de Hank Baskett que eu não quero ouvir falar de futebol americano por um bom tempo!
É claro que o livro tem os seus pontos positivos, como a amizade dos irmãos. Jake e Patch se adoram, são leais um ao outro e o irmão mais novo realmente se preocupa com o bem-estar físico e mental de Patch, eles tem seus desentendimentos, mas se adoram, algo que no filme foi totalmente alterado e eu discordo. Outra personagem essencial para a trama é a mãe de Patch, Dolores. Ela é demais! Tanto no filme quanto no livro, ela é a mãe que todo mundo iria querer ter! Você também se irrita com Nickki e não deixa de pensar que ela é uma mulher horrível, pois além de tirar tudo de Patch, ainda o proibiu de a procurar. Gostei também de Patch ser desmemoriado no livro, ele tem de buscar compreender o que houve para que o "tempo separados" começasse e você se sente comovido com a trajetória dele. Enfim, nem tudo é negativo não é mesmo? Mas eu, pela primeira vez, preferi a adaptação cinematográfica de um livro.
Matt Quick, você poderia ter amadurecido mais o enredo!

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