Resenha: De repente, Ana — Marina Carvalho

Olá meus queridos leitores, depois de um ápice criativo, eu fiquei algum tempo sem postar resenha alguma... Peço desculpas por isso, mas o meu livro tinha que andar! (Borborema is coming!) Nesse ínterim, li dois livros ainda para o desafio da Leh Venerando, mas infelizmente não consegui cumprir todo o desafio (Buaaah), porém, estou orgulhosa de ter tentado!
Então aqui vai

Livro 5 ( dia 14 ) - Um Livro de crônicas/ poesia ou livro para ler em um dia. 
5° De repente, Ana

Nota: 5/5


A continuação de Simplesmente Ana começa alguns anos após a coroação de Ana como princesa da Krósvia, agora ela já sabe Krosvi fluentemente e está a desfrutar de todas as regalias de ser uma princesa de verdade, como viajar com o seu namorado tudo de bom Alexander Jankowski, porém, como sempre, Ana tem um sexto sentido que não falha e quando é obrigada a voltar as pressas para a Krósvia a fim de assumir o trono no lugar de Andrej quando este sofre um terrível acidente, a nossa princesa se vê num mato sem cachorro! Cada ato de Ana é considerado uma afronta a oposição e quase sem nem um preparo, nossa heroína vai enfrentar maus bocados para mostrar que tem seu valor. 
Com todos os acontecimentos, ela mal tem tempo para respirar, quem dirá para namorar! Alexander sente-se deixado de escanteio, por mais que tente entender que Ana está passando por um momento difícil e então, coisas misteriosas começam a acontecer... Para completar, um fantasma do passado surge para assombrar a nossa querida Ana, trata-se de Laika Romanov, vulgo nome de Cachorro.
Neste volume, Marina optou por dar voz a Alexander, o gato mais cobiçado de toda a Krósvia e nós podemos conhecer melhor o casal, visto que o livro é narrado tanto por Ana quanto por Alex. Porém, acho que a autora meio que despersonalizou o Alex ao usar termos que são comuns na fala de Ana. Sei que todos vão pensar que eles tem convivido muito juntos e pode ter acabado incorporando ao seu vocabulário, mas não dá para engolir tudo. Será mesmo que um jovem estrangeiro que acabou de aprender outra língua, no caso o Português, iria "pensar" usando palavras como "estou puto" ou "ela parece um cabrito" ou "que piegas"? Isto no primeiro volume eram marcas registradas da princesa Ana, logo não acho que tenha ficado muito de acordo com um jovem aristocrata krosviano, mas é um mero detalhe.
Gostei muito da autora ter explorado mais de política, de como um rei/rainha realmente tem que se portar, pois no primeiro volume nós somos levados a conhecer apenas o lado bom de tudo isso, mas foi bastante interessante conhecer o Andrej que dava duro para manter um país inteiro sob controle. Acho que foi uma assertiva e tanto.
Também apreciei o desfecho da história, acho que Marina consegue transmitir seriedade e um tom de comédia sem tornar nada exaustivo, o que considero muito positivo para este tipo de gênero. No mais a narrativa, como disse, segue o tom do eu-personagem, narrado em primeira pessoa por Alex e Ana, o enredo está muito bem construído e sem pontas soltas, gosto muito do tempo e espaço, estão bem explorado, enriquecendo a trama de forma considerável. O único ponto que destaco foi realmente o discurso de Alex e também a nomeação de alguns personagens. Não sei se essa regra valeria na Krósvia, mas geralmente em países como Rússia e Polônia, quando o nome do homem é Romanov, a mulher será Romanova, se é Markov, será Markova, se é Karenin, Karenina e assim por diante, pois indica que é do sexo feminino. Então, não sei, fiquei com essa dúvida, pois no livro não há essa distinção, porém é apenas uma observação minha.
Em relação ao primeiro livro, considero o primeiro muito superior. Esta continuação foi boa, mas acredito que o primeiro livro tenha sido mais bem elaborado, mesmo que neste tenhamos mais política e mistérios, ainda prefiro o primeiro. Enfim.
Gostei muito do livro, mesmo, e o recomendo sem pensar duas vezes para quem quer uma leitura leve e descontraída. Realmente um livro para ler em um dia!
No mais, até a próxima meus caros!


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