Resenha: Rani e o sino da divisão — Jim Anotsu

Olá queridos leitores, após um hiatus de tempo indeterminado longe de tecnologia o máximo possível devido a alguns problemas, estou voltando aqui para postar a resenha de um livro que demorei para ler, pois a leitura demorou... Demorou para engrenar, mas valeu totalmente a pena!
Jim criou todo um universo ficcional para relatar a vida de Rani, uma garota negra que mora em uma cidade chamada Graúna, próxima a Belo Horizonte. A história parece ser apenas sobre uma garota headbanger que quer tocar em uma banda e ter um estilo alternativo de vida, mas nos enganamos profundamente.
Um dia, ao ir para a escola pelo habitual caminho, o cemitério de Graúna, Rani se depara com um garoto colorido a qual ela chama de garoto fluorescente e sua vida nunca mais seria a mesma. Pietro é intrigante e algo absurdamente diferente o envolve, mas a garota não imagina exatamente do que se trata. Rani e sua melhor amiga Marina tem uma banda, elas conhecem todos os melhores discos, tem as melhores camisetas e entendem com quem devem ou não andar, mas jamais poderiam imaginar que Pietro é um vampiro! Mas engana-se quem acha que essa será mais uma trivial história vampiresca. Engana-se mesmo! Rani descobre através de um gato sinistro que se intitula "Tama, o deva" que ela é uma jovem xamã que precisa de treinamentos para lutar contra o mais terrível xamã de todos os tempos: Aiba.
Desesperada e achando que está ficando louca, Rani vai ter que aprender a controlar os seus poderes e ninguém melhor que a facção dos Animais de Festas para ajudá-la.Assim conhecemos personagens engraçadíssimos como o Fred, Valentina, Tales, Jefferson e até mesmo a divertida casa Gertrudes. O que parece ser apenas uma aventura adolescente, toma proporções muito maiores e cada página é uma grande surpresa.
Rani e o sino da divisão, a priori, parecia uma leitura lenta e a história não dava indícios de que seria tão diferente do que estamos vendo por ai, mas o autor conseguiu me surpreender e muito. Para começar, adorei a forma como ele retrata o racismo e como Rani sofria na escola, pois é algo bem próximo a realidade de muitos de nós. Também adorei a forma como Jim brinca com a mitologia, quebrando as regras e criando algo totalmente inovador.
O personagens são um pouco rasos, mas nada que lhe faça perder o gosto pela leitura, pelo contrário, é descontraído e divertido. Houve passagens tão improváveis que eu fiquei tentando entender se era ou não uma brincadeira da mente de Rani, algo bem sacado se é que me entendem! A mensagem por trás de tudo isso também é belíssima, não cabe a nós julgar o destino e sim a algo muito maior!
Outra coisa que me chamou a atenção foi a citação de músicas a cada novo capítulo, cara, Jim tem um gosto musical incrível! Fala sério, ele conseguiu reunir quase todas as bandas que eu mais gosto em um livro! Rani, em consequência, tem os mesmos amores que eu tinha aos 15 anos, como a idolatria a Tuomas Holopainen! Amei! Simplesmente assim!
O tempo é bem demarcado, Jim consegue nos transmitir esse passar sem descrições enfadonhas, o espaço é amplo, muito aberto e improvável! Ou seja, muito, muito bom! Não tenho como dizer mais nada a respeito de Rani e o sino da divisão, apenas que eu gostei muito mesmo! O visual do livro, assim com essa capa roxa e cheia de pontos com verniz, tem tudo a ver com a história, o que achei o máximo! Quem ler o livro vai entender, muito bem bolado mesmo!
Na minha opinião, um dos melhores livros de fantasia da literatura brasileira! Por isso, com certeza merece ser lido e relido! Não perca tempo, corra adquirir o seu! Nós do blog Era uma vez... Livros e Cia somos parceiros da Editora Gutemberg, mas não é apenas por isso que estamos esbanjando elogios ao livro, pois como todos sabem, somos  conhecidos pela sinceridade! Um beijo a todos os leitores e até a próxima!


3 comentários:

  1. Oie! Parece ser um livro muito bom, e a capa é magnifica espero pode ler ele em breve!
    Bjs, se puder comentar nessa resenha ajudaria muito:
    http://resenhasteen.blogspot.com.br/2015/03/starling.html

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  2. Esse livro parece uma viagem, viu? Mas acredito que não leria um livro que só fica realmente interessante após determinada parte. O livro tem que chamar a atenção desde o início, certo?
    Gostei das suas colocações.

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