Resenha: A escolhida — Amanda Ághata Costa

Olá meus queridos leitores, hoje venho falar do livro A escolhida de nossa parceira, a querida autora Amanda Ághata Costa. A escolhida é o livro de estréia de Amanda e também o primeiro volume da série de mesmo nome. Conheci a Amanda em um daqueles grupos de divulgação no facebook e a capa que ela nos apresentou logo me chamou a atenção. Sabe aquela história, não julgue um livro pela capa? Bem, não consegui resistir!  Também, Amanda foi super simpática, aceitou logo fazer uma participação no blog e não nos tratou com descortesia, o que foi algo muito legal, já que na época o nosso blog era bem... BEM menor! Acredito que são os autores assim que vão chegar lá, afinal, toda a divulgação é válida. Não adianta o seu livro ser perfeito se ninguém o conhecer, não é verdade?
Então, eu comprei o livro de Amanda, mas não ficou só nisso. Amanda é tão querida que acabou se tornando uma amiga que vou levar para toda a vida! Tive a oportunidade de lhe estender a mão e a simpatia dela para comigo me cativou tanto que eu não via a hora de pôr minhas mãos sobre a obra! Por que estou contando tudo isso? Para mostrar a vocês que todo autor merece uma chance, seja ele nacional ou internacional, pois eu tive uma imensa surpresa através das páginas de A escolhida e contá-la-ei agora para vocês!
Deixo claro também que quem está a fazer esta resenha é a leitora crítica e extremamente detalhista e não a amiga da Amanda, uma vez que as pessoas tendem a achar que se elogiamos um livro é só porque somos amigos da pessoa. Logo, deixo este ponto elucidado: não estou a misturar os lados, darei minha opinião sobre o livro de modo mais imparcial possível, pois quero lhes dar a oportunidade de conhecer a obra de verdade. Vamos lá?
O título A escolhida, a princípio, me deixou extremamente curiosa... Escolhida para quê? Por quê? Eram perguntas se que formavam em minha mente ao eu abrir o livro e embarcar nesta viagem emocionante. E eu obtive todas as respostas, o que é algo muito positivo, pois mesmo livros que fazem parte de uma série devem se garantir sozinhos... Aquele negócio de mil pontas soltas não funciona.
Somos apresentados a Ari, uma garota muito diferente das demais... Ela não é um anjo, mas também não é um demônio. Os dois lados oscilam dentro dela, fazendo-a ter um temperamento genioso e muito intrigante. Ari poderia se passar por uma garota comum, mas ela não é. Ela possui feridas muito profundas de um passado obscuro do qual não tem nenhum conhecimento.
Em um dia como todos os outros, onde a garota pega o seu arco e flecha para mais uma caçada... Tudo parece mudar.
Ari é levada à força para o círculo, o território dos feiticeiros, e como o livro tem uma narrativa em primeira pessoa, ou seja, ele é apresentado pelo ponto de vista do Eu-personagem, podemos mergulhar na confusão que se passou na mente dela, podemos entender todo o seu desconforto ao chegar em um lugar que nunca imaginou existir. Quem a obriga a ir é Edlun, irmão do mestre Egran, e um garoto extremamente misterioso chamado Luke.
Diferente de todos, Ari não se curva diante de ninguém e se mostra uma rebelde de mão cheia. O seu temperamento explosivo poderia ser o seu fim, se não fosse o seu maior atrativo. Egran precisa dos “serviços” de Ari e em troca deles, promete-lhe que revelará tudo sobre o seu passado. Logo, Ariali, o nome pelo qual as pessoas passam a lhe chamar ali, o seu verdadeiro nome, vê-se diante de um dilema: ficar e arriscar para descobrir se Egran está sendo sincero, ou partir e fingir que aquilo nunca aconteceu? Certo ou errado, a garota decide ficar e é aqui que começa nossa aventura, de fato.
Amanda descreve brilhantemente o amadurecimento da personagem, fazendo-nos comprar o seu partido e muitas vezes, também odiá-la profundamente. As oscilações de Ariali são fantásticas, pois não é um desvio de personalidade, na verdade é a sua marca registrada.
Gostei muito da construção dos personagens em si, todos têm suas qualidades, seus defeitos e jeito de ser bem definidos, mas há alguns momentos em que os achei um tanto superficiais. Como assim? Bem, a maneira de falar era muito rebuscada para adolescentes em processo de amadurecimento. Concordo com o vocabulário mais rebuscado de Ariali, afinal, ela não era nada convencional, mas outros personagens como Vincy deveriam ser mais leves, porém, ressalto, esta é minha opinião e isso não quer dizer que seja prejudicial à leitura.
Quanto ao enredo, achei-o bastante interessante e inovador. Não é uma simples história de anjos e demônios ou criaturas da noite. Não. A escolhida tem um toque distópico onde os personagens buscam por seus ideais e um quê de fantasia que te faz questionar tudo ao seu redor. Por ser bastante reflexivo, em nem um momento duvidamos da maravilha, ela nos é apresentada e a aceitamos sem pestanejar e queremos mais, e mais. Somos tragados por aquele Círculo e ansiamos por desvendar cada mistério... Isso, sem sombra de dúvidas, foi essencial para se apaixonar pela leitura.
Acredito que somente um ponto poderia ser mais reforçado, Amanda poderia ter explorado mais as “missões” do mestre. Poderia ter nos feito conhecer melhor que tipo de atrocidades ele os fazia cometer, não somente conhecer as investidas de Ariali. E também a Ari poderia ter tido mais missões, porém, gostei muito da mudança que ela sofreu com tudo isso. Ari se tornou uma personagem grandiosa e perigosa, pois seus traços são tão fortes que há momentos em que duvidamos se ela é ou não real.
Em suma, o tempo e o espaço são bem explorados. No começo há maior presença do tempo psicológico, porém, ele se torna relevante em relação ao cronológico, dando harmonia a obra. O espaço é bastante aberto e muda constantemente. Gostei de como Amanda organizou o Círculo, descrevendo-o de uma forma que conseguimos imaginar, sem nos enfadar com descrições muito longas, em outras palavras, ela soube dosar o minimalismo sem ser excessivamente breve.
A mensagem do livro em si também é genial. Uma tacada de mestre, sem sombra de dúvidas! Quando você lê o livro, você reflete sobre sua própria vida, você se pega auto-avaliando seus próprios atos e isso não tem preço. Temos uma reflexão sobre a amizade, a confiança e o amor. Não somente o amor entre duas pessoas, mas o amor em todas as suas instancias. Logo, há livros que lemos por prazer, há livros que lemos por obrigação, há livros que lemos em um momento propício, mas há livros, como A escolhida, que nos surpreende e fica em nossos corações! O que posso dizer? Já estou sentindo saudades, já estou pegando minha mochila e esperando as meninas no portão do Círculo para embarcar em uma nova jornada! Portanto, Amanda, trate logo de nos presentear com o volume dois urgente, pois estou me sentindo órfã!
Portanto, não preciso dizer que eu recomendo a leitura, não é? Acho que já ficou muito explícito e me sinto maravilhada por ter encontrado algo tão inovador em uma de minhas andanças pelas páginas da vida! Amanda veio para ficar e eu tenho certeza de que se vocês derem uma chance para a Ari, ela vai os surpreender e se infiltrar em seus corações!
Até a próxima pessoal! Porque eu estou indo viajar ao lado de Ari!


3 comentários:

  1. Oláá!
    Nossa, esse livro parece ser maravilhoso demais.
    Já tinha visto a respeito antes, e agora a minha vontade de ler só aumentou. Sim, há muitos autores nacionais maravilhosos.
    Adorei <3
    beijos
    http://masenstale.blogspot.com.br/

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  2. Sim, o livro é maravilhoso, não irá se arrepender em dar uma chance para ele!!!! E irei visitar o seu blog também <3 Obrigada pela visita!

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  3. Letícia, adorei a sua resenha. Li a obra e gostei muito também! Tinha estranhado um detalhe na primeira edição, mas notei que na segunda ele foi modificado e explicado de forma que ficou bem mais lógico.

    Assumo que a personagem me irritou um pouco do meio para o final, mas ainda assim terminei o livro querendo saber a continuação.

    http://conchegodasletras.blogspot.com.br/2015/05/resenha-escolhida.html

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