Pois é, gente. Aqueles que viram e
adoraram, concordem comigo. E os que odiaram, podem me julgar. Eu adorei o
filme e assistiria de novo muito feliz.
A verdade é que o filme foi, sim,
bem feito – em termos técnicos, porque se formos verificar a veracidade da
história de acordo com o que foi apresentado previamente, o negócio vira uma
loucura. A história se encaixa perfeitamente com o que nos foi apresentado com
o filme anterior – X-Men: Dias de um Futuro Esquecido. Ponto positivo.
Em determinado momento – os quais
não me atreverei a revelar aqui, porque, afinal, eu amo muito a minha vida e
não quero ser linchada por odiadores de spoilers sanguinários –, um
acontecimento em particular pareceu um pouco forçado em uma tentativa de fazer
com que todos os filmes da franquia X-Men se encaixassem.
Não vou nem entrar em qualquer
detalhe sobre as leis da física, que são completamente ignoradas nesse filme –
como também foram no anterior. Mas, falando sério, quem se dispõe a ir ao
cinema assistir um filme, que não respeita nem um pouquinho os aspectos
temporais da saga e que fala sobre pessoas que nascem com habilidades
extraordinárias e nunca imaginadas salvando o mundo não pode se dar ao luxo de
ficar reclamando desse tipo de coisa. Pelo menos, é o que eu acho. Quanto a
isso, deixo apenas uma reflexão que só quem viu os filmes vai entender e que
pode servir a critérios de curiosidade para quem ainda pretende assistir: a
música trabalha com o tempo, né? É claro. Nesse caso, não seria meio óbvio que,
uma vez me movimentando muito mais rápido do que o tempo normal do restante do
mundo, a música – assim como todas as demais ondas e energias que se propagam
pelo ar, como a eletricidade e as ondas sonoras – também se tornaria lenta para
mim, certo? Então, não faria sentido eu atingir a minha super hiper mega
blaster velocidade com fones de ouvido, concordam?
Ou eu viajei?
Bom, de qualquer maneira, essa foi a
única coisa que realmente me incomodou no sentido da coerência do material.
Outro aspecto que não me agradou
nesse filme foi o fato de ele exigir muito pouco do expectador. Meio que não
faz diferença se você começar a assistir e, de repente, sair da sala para
comprar pipoca, enfrentar uma fila monstruosa e voltar quando o filme estiver
perto do final, você vai conseguir entender tudo. Ou seja, o filme não exige
nenhum tiquinho de inteligência do expectador e isso, meus amigos, considerando
o quanto somos naturalmente inteligentes, é um desperdício.
E a última coisa que me incomodou –
depois disso tudo você deve estar achando que eu sou maluca e se perguntando
como eu posso ter gostado desse filme que eu só critiquei negativamente até
agora, mas vamos chegar lá – foi o final extremamente sem graça. Ou talvez eu é
que estivesse esperando muito, porque tudo se resumiu aos poderes dos personagens
e pronto. Me decepcionei, admito.
Mas, enfim, vamos à pergunta: por
que, em nome da história do cinema, eu gostei?
Simples: por que o filme tem tudo o
que é necessário para chamar a atenção – principalmente de uma pessoa que adora
filmes bem hollywoodianos e cheios de efeitos especiais que nem essa pessoa que
vos escreve. E, mais do que isso, a Marvel conseguiu fazer comigo o que todo diretor,
ator e escritor gostaria de fazer com o seu público. Ela conseguiu fazer com
que eu me apegasse aos personagens – seja odiando-os ou amando-os.
No meu caso, foi os dois. Gostei
muito da forma como eles fizeram o Mercúrio – ainda não encontrei ninguém que
não tenha gostado, na verdade, mas enfim... Eu adorei aquele sujeitinho
sarcástico e piadista. Também me apeguei ao Noturno, embora eu francamente ache
que a sua versão mais velha – dos três primeiros filmes – seja bem mais
interessante pela maneira de pensar em si – e não nos esqueçamos, é claro, do
fato de que o Noturno dos primeiros filmes só encontra os X-Men
bem depois, enquanto neste ele ainda é jovem e já se junta à turma.
Mas entender a cronologia dos filmes
da franquia X-Men é a mesma coisa que tentar pegar fumaça com as mãos.
Quanto aos personagens dos quais eu
não gosto, anuncio a minha implicância crônica com a Jean – eita, garotinha sem
sal e nojenta – desde os tempos antigos dos X-Men. Sem falar que, nesse filme
impreterivelmente, o Magneto me irritou um pouco também – o que, na verdade, me
irritou talvez mais do que apenas um pouco, porque eu, assim como quase o resto
do mundo inteiro, gosto do Magneto. Mas dessa vez não deu.
O filme, como eu disse, está
tecnicamente bem feito, ou seja, está bonito de se ver.
A história pode ser a porcaria que
for, mas se o visual está bacana, já é meio caminho andado.
Além do visual, o filme tem momentos
divertidos e funciona como um excelente entretenimento. Acho que pode agradar
quem assistir com a mente aberta.
Acho que vale o preço do ingresso.
Título: X-Men - Apocalypse
Gênero: Ação/Aventura/Ficção Científica
Direção: Bryan Singer
Elenco: James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Oscar Isaac, Rose Byrne, Nicholas Hoult, Alexandra Shipp, Lucas Till, Sophie Turner, Josh Helman, Tye Sheridan, Lana Condor, Evan Peters
Companhia Produtora: 20th Century Fox, Marvel Entertainment, Bad Hat Harry Productions, The Donners' Production, TSG Entertainment
Duração: 144 minutos
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