Resenha: O mestre das Cordas - Philippe Alencar

capa da Edição pela Arwen
Olá, pessoal, tudo bem com vocês? Hoje eu tenho uma grande história para contar para vocês, ou quem sabe é a grande história quem me contou muitas e muitas coisas... Não sei, não sei...
Sinto-me ainda bastante confusa em relação a isso e ainda estou a absorver esta história que muito me fascinou.

Portanto, sejam bem-vindos, leitores, a Arkandur, o último continente que a humanidade preservou e que vivia, aparentemente, em paz com magos e seres que possuíam um conhecimento além da compreensão. Porém, certos mistérios levou ao banimento da magia e a perseguição destes magos que tiveram que começar a se esconder se quisessem sobreviver. Ataques de magia negra são os principais motivos e nós ficamos extremamente curiosos para saber o que é que vai acontecer dali para a frente. Aldesfer, um homem velho e cheio de mistérios, é o personagem que nos é apresentado primeiramente e ele está a caminho de um encontro que parece ser muito importante. 

Disfarçado de cavalheiro, ele se infiltra entre os homens dos Reinos do norte e sul, enquanto na penumbra da noite se esconde dos espectros que são capazes de identificar sua mana. Após dias de viagens, Aldesfer chega a uma floresta chuvosa e cheia de mistérios. é atacado por um dragão e nós ficamos com o coração na boca, até que descobrimos que o dragão é de Irvin, o druida, seu amigo que vive dentro de uma árvore e encantou a floresta para que sempre ficasse chuvosa e os cavalheiros desviassem de seu trajeto.

Ao adentrar a "casa" do druida, Aldesfer também encontra ali Barton, o bardo que não parece nem um pouco feliz por estar naquele local. O velho então é questionado sobre o motivo daquela reunião, uma vez que as canecas mágicas já estavam separadas há tempos, principalmente após a morte de um dos membros mais poderosos, Rogarth .
Aldesfer então tem a missão de contar a eles que Rogarth estava a desvendar um mistério, mas morreu antes de completar sua missão, deixando a eles a tarefa de seguir os seus passos, uma vez que são amigos. Diz a lenda que o paladino de Aznur havia aprisionado a alma do necromante em um diário e por isso era tão perigoso lidar com a necromancia, porém Rogarth estava tentando desvendar aquele mistério para que os magos pudessem voltar a perambular pelo reino sem precisar se esconder, uma vez que acreditavam que alguém próximo ao rei tinha o persuadido a aceitar aquela lei sem fundamento.

Juntos, Aldesfer espera que consigam dar um jeito na situação, mas separados, não passavam de meras peças inúteis. Barton, desacreditado em seguir histórinhas, aceita após muita relutância e Irvin, o druida, mesmo temeroso decide embarcar na aventura pelos anos de amizade com Aldesfer.
Assim os três magos ficam responsáveis por certas tarefas e partem em jornadas alucinantes que nos fazem viajar literalmente para dentro da história.
Ilustração promocional: Aldesfer e Irvin

Enquanto acompanhamos a trajetória de Barton para pedir ajuda aos zurgulanos para traduzir os pergaminhos, também podemos acompanhar a jornada de Aldesfer e Irvin em busca da caverna onde Rogarth guardava seus segredos.

No meio disso tudo, muitos outros personagens vão agregando a trama um valor grandioso e épico.Eu não irei me estender para falar mais da história em si, pois não quero dar spoilers, mas o que tenho a dizer é que o final foi bastante satisfatório e um tanto inusitado, fui realmente surpreendida.
O enredo é bastante dinâmico e fica clara as influências dos Jogos de RPG que o autor teve. Gostei do espaço aberto e bastante transitório. Os personagens são profundos, cheios de segredos e sentimentos e isso os tornou muito verossímeis, apesar de terem superpoderes e as vezes serem apenas humanos seguindo seu destino pelas terras de Arkandur.

O tempo cronológico é sutil ao psicológico, bastante coerente mesmo e deu para perceber a passagem do tempo sem se perder no que estava a acontecer na trama. Gostei também do uso de flashbacks e outros recursos literários para contar o passado, acho que foi um ponto bastante alto do livro.
Porém, tenho uma ressalva, e isso é algo bastante pessoal mesmo, portanto você, leitor, tem que conferir por você mesmo. Eu achei que em alguns pontos o autor poderia ter sido mais sutil, mais rápido e não ter embromado tanto em descrições exacerbadas. Como diria uma amiga: ele falou demais! É uma das únicas coisas que eu realmente me fizeram ler o livro mais devagar, achei que em algumas partes, por causa dos parágrafos serem BEM grandes, ficou enfadonho. Mas claro, essa é a minha opinião.

No mais, gostei bastante da obra e acho que vale muito a pena. Este livro é um lançamento da Editora Arwen e sua pré-venda será no dia 18 deste mês (Junho). A arte gráfica do livro está maravilhosa, as ilustrações do miolo perfeitas e tenho certeza de que a diagramação vai ser fantástica, pela prévia que eu tive.

Para um primeiro livro, o autor Philippe Alencar está de parabéns! Fará uma estreia em grande estilo no meio literário!
Acho que é isso pessoal e até a próxima!

classificação

Sinopse: As terras de Arkandur formam o último continente, o único lugar onde a humanidade preservou e vive em paz com os sábios conhecidos como magos. No entanto, tudo muda quando rituais necromânticos começam a espalhar caos e horror pelos Três Grandes Reinos. Os reis, receosos e pressionados por seus conselheiros, decidem assinar a lei que proíbe permanentemente a prática de magia. Os magos passam a ser caçados não somente pelas tropas reais, mas também pela sombria cavalaria da Justiça Armada Noturna, cujas espadas são tão gélidas quanto suas almas.
Porém, dentre os poucos sobreviventes, surge Barton: um bardo capaz de tornar os sons do mundo em sua fonte de magia. Atormentado após presenciar o assassinato da esposa em um lago sem fim, o bardo vê um novo destino à sua frente quando um velho amigo o recruta para uma perigosa jornada, e juntos partem em busca da verdade por trás da sombra nefasta que devora o mundo. Atendendo ao chamado, o músico compreende a vida como uma melodia, mas inúmeros segredos estão guardados ao longo das escalas musicais que ele terá de desvendar, onde cada nota poderá surgir como um aliado... ou um algoz. Uma canção em que deuses e demônios ditam as regras, e humanos e magos clamam para si o direito de reescrevê-las.

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